A minha opinião e um pequeno resumo:
Ler O Anjo Caído é entrar mais uma vez no mundo de Gabriel Allon, restaurador de arte e, ao mesmo tempo, agente secreto israelita. O livro começa no Vaticano, num cenário quase inocente, Allon é chamado para analisar a morte de uma funcionária da Santa Sé. Mas rapidamente percebemos que nada é por acaso. O que parecia um suicídio esconde uma teia de corrupção, tráfico de antiguidades e terrorismo com ligações profundas ao Médio Oriente.
O enredo vai-se desenrolando com a marca típica de Daniel Silva, ritmo rápido, suspense constante e um equilíbrio entre o universo da arte e a brutalidade da espionagem internacional.
Como leitor, senti-me sempre a ser puxado para diferentes cenários, de Roma a Jerusalém, passando por investigações sombrias que envolvem a própria Igreja.
Aquilo que mais me marca na forma de escrever de Daniel Silva, é a forma como consegue entrelaçar factos históricos e políticos com uma narrativa de ficção tão convincente que por vezes esquecemos onde acaba a realidade e começa a imaginação.
Ao mesmo tempo, Allon continua a ser um protagonista fascinante, inteligente, humano, dividido entre a vida tranquila que deseja ao lado de Chiara sua mulher, e o dever que o arrasta sempre de volta ao campo de batalha.
No fim, O Anjo Caído é mais do que um thriller de espionagem. É um livro sobre poder, fé, corrupção e as cicatrizes que a história deixa nos povos e nas instituições. Para quem gosta de thrillers cheios de tensão, mas com uma forte base cultural e histórica, este é sem dúvida um daqueles livros que se devoram de uma assentada.
Para mim continua a valer a pena cada minuto a ler os livros de Daniel Silva, particularmente a saga de Gabriel Allon.

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